No passado dia 27 de dezembro os
sócios do Rancho Folclórico de Pedrogão Pequeno presentes na Assembleia Geral
atribuíram por unanimidade à D. Maria do Carmo Rei o estatuto de sócia honoraria,
recorde-se que esta Coletividade só tinha até há data um sócio com esta categoria,
que era a D. Benvinda Arnauth dos Santos elevada a essa categoria em 13-01-2001.
Por tudo o que fez pela
coletividade justifica-se tal distinção.
A D. Maria do Carmo fez parte do primeiro
grupo de cinco pares que esteve na origem do Rancho, dinamizando os ensaios
para a primeira atuação em junho de 1955 na casa das Beiras em Lisboa. Tendo
sido membro do grupo até à sua dissolução em 1962.
Em 1972 volta a estar na origem da
2ª fase do Rancho sendo a diretora e ensaiadora do grupo neste curto espaço de
atividade que durou alguns meses.
A terceira fase da vida do
rancho 1983-1984 foi a única em que não esteve ligada ao Rancho, mas por
coincidência um dos ensaiadores nessa fase era a sua filha Filomena Rei
Antunes.
Em 1986/7 deu uma preciosa
colaboração a Januário Antunes Fernandes na recolha que fez para o livro –
“Rancho Folclórico de Pedrógão Pequeno 1956-1984” - sem o seu arquivo e o seu
saber, esse trabalho talvez não fosse tão completo.
Em 1993 alguns elementos ligados
à Filarmónica, resolveram reativar o Rancho, naquela que será a 4º fase da sua
vida, a D. Maria do Carmo voltou a estar na linha da frente ensaiando o grupo
até por volta do ano 2000.
Em final de 2011 o Rancho entra
em “agonia” está cerca de um ano parado, quando pairava no ar o seu fim a D.
Maria do Carmo tem a coragem que faltou a outros, e volta a estar na linha da
frente naquela, que considero a 5ªfase da vida do grupo, nem a fratura de uma
perna a faz desistir após alguns meses de recuperação volta a assumir a
condução do grupo até agosto de 2013, altura em que deixa o grupo, fruto de
alguns desentendimentos com alguns diretores e executantes.
A D. Maria do Carmo é daquelas
pessoas que fazem parte do património histórico/humano desta terra, nascida
nesta Vila de Pedrogão Pequeno em 1933 nem sempre teve uma vida fácil, mas
nunca se deixou derrotar pelas agruras da vida, dotada de uma personalidade
forte, que nem sempre agrada a todos… . Nutre uma paixão enorme pelas coisas da
sua terra, bem visível no empenho que colocou e coloca em tudo o que faz por
ela, quer fosse no Rancho, nas festas de N. Sra. da Confiança, nas festas de S.
Sebastião, no embelezamento da Igreja ou das capelas e até nas atividades da Filarmónica
ou em qualquer festividade da sua terra.
Uma faceta desconhecida por
muitos é o jeito para fazer quadras e rimas, e que é pena que não explore mais.
Atrevo-me a transcrever as
quadras que escreveu no dia 01 de novembro de 2012 para o “Borrego” da
Filarmónica, que acredito que tenha sido para ela um dia de emoções fortes,
pois foi também o dia da primeira atuação do Rancho Folclórico de Pedrógão
Pequeno (só foi possível apresentar a tocata e cantata) na 5º fase da sua
história, que poucos dias antes voltou a ensaiar e ajudou a reativar.
Viva o Sr.Presidente
da Câmara
Municipal
que é o Sr.
José Farinha
como ele não
há igual
Viva a
senhora Vareadora
da cultura,
que tão bela
com a sua
simpatia
é um prazer
falar com ela
Viva o Sr.
Presidente
da Junta de
Freguesia
obrigada por
nos apoiar
isso nos traz
muita alegria
Viva a nossa
Filarmónica
que toca
muito bem
viva o seu
diretor
que por ela
amor tem
Viva o Sr.
Maestro da Banda
os parabéns
lhe quero dar
pois está
sempre bem disposto
quando está a ensaiar
Para a
Direção do Rancho
também os
parabéns lhe vou dar
não se poupem
em canseiras
para nosso
Rancho Folclórico recuperar
Esta festa do
borrego
é uma grande
tradição
parabéns à cozinheira
e as
ajudantes também
Viva o Sr.
padre Daniel
o saudamos de
coração
é um prazer
vê-lo aqui
e lhe pedimos
a sua bênção
Boa tarde
meus senhores
minhas
senhoras também
se qualquer
falta tivemos
desculpem e
passem bem.
M.C.R - 01-11-2012
M.C.R - 01-11-2012
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