Filarmónica
Aurora Pedroguense - 121 anos
Sociedade Filarmónica Aurora Pedroguense tem como data oficial da sua fundação 15 de Abril de1891.
O
crescente aparecimento de Bandas Filarmónicas (também conhecidas por
charangas), na região sobretudo na segunda metade do século XIX e a
irreverência própria da juventude, terá influenciado um grupo de jovens
Pedroguenses, com gosto pela música, a partirem para a aventura de criarem uma
Filarmónica. Dadas as limitações próprias da época, a missão terá sido bastante
difícil, vindo a ser coroada de êxito por volta do ano de 1891 e incentivada e apadrinhada
por uma das mais importantes famílias que na época residia em Pedrógão Pequeno,
a família Vidigal.
O
objetivo seria abrilhantar as muitas festas religiosas existentes na época. A
sua composição não seria muito numerosa, dada a escassez de recursos e o
elevado custo dos instrumentos. As atuações centravam-se sobretudo na Freguesia
e arredores, devido à inexistência de transportes que permitissem deslocações
mais longínquas. Tendo sobrevivido sobretudo da carolice dos seus músicos e
dirigentes bem como da generosidade de algumas das famílias mais abastadas que
habitavam na Freguesia.
No
final de 1944 a Filarmónica entra em crise chegando a estar paralisada.
Com o estado novo instalado e caminhando
de braço dado com a Igreja, é com naturalidade que um jovem Padre já com alguma
experiência e conhecimento da terra, assume a liderança da Filarmónica
impedindo-a de fechar portas. A ele juntam-se um jovem comerciante local e um
importante proprietário, tendo este trio conduzido esta coletividade durante
cerca de trinta anos, contando pontualmente com o apoio de outros Pedroguenses.
Os apoios financeiros eram escassos e vinham sobretudo da comunidade
Pedroguense radicada em Lisboa.
Com
o surgimento da guerra colonial e com a constante partida dos jovens para
outras paragens em busca de uma vida melhor, a Filarmónica durante alguns períodos
sentiu dificuldades devido à falta de executantes, tendo durante algum tempo
realizado atuações com cerca de 15 músicos, prevalecendo um forte espírito de
união entre os músicos e a máxima “ poucos mas bons”.
A
partir de 1970 em analogia com o regime político, também a liderança da
Filarmónica entra em agonia, sobretudo após a partida do Sr. Padre Serafim, que
durante este período foi a figura central da vida desta coletividade.
Um
ano após o governo do País ter sido entregue ao povo, a condução da Filarmónica
foi entregue aos músicos.
Em Maio de 1975 os músicos a elegerem uma
comissão “ad hoc”, que tem como objetivo regularizar a situação financeira e
encontrar uma solução diretiva.
A
situação financeira é regularizada no espaço de um ano, a nível diretivo, as
direções vão-se sucedendo, embora assentes num núcleo restrito de 10, 12
pessoas que vão permutando entre si os vários cargos. A estabilidade começa a
aparecer com a chegada do maestro Diogo Santana sendo consumada em 1985 com a
chegada de Joaquim Alves à presidência da direção.
Esta
fase fica sobretudo marcada pela forte presença dos Maestros, independentemente
do maior ou menor protagonismo dos vários Diretores, tendo sido preponderantes
na vida desta coletividade, nesta fase os maestros Diogo Santana que dirigiu a
banda durante 10 anos e Carlos Venâncio que a dirigiu durante 15 anos.
Neste período a Filarmónica modernizou-se bastante, criou a escola de música, abriu o seu quadro de músicos a elementos do sexo feminino, adquiriu autocarro, começou a organizar com regularidade encontros de bandas, etc.
A partir de 2003 a Filarmónica entra vertiginosamente
em queda, sobretudo na área financeira, só não fechou portas, mais uma vez
graças ao empenho e esforço dos músicos e do Maestro Carlos Valente.
No
dia 5 de Setembro de 2004 é eleita de uma comissão administrativa, em que mais
uma vez os músicos
são preponderantes, dos cinco elementos que a compõem quatro são músicos. Os objetivos eram regularizar
a situação financeira e encontrar uma solução diretiva, o segundo foi concretizado em Novembro de 2004
e o primeiro também o será no decorrer deste ano de 2012. Este período ficará para a história como o
tempo em que as mulheres pela primeira vez assumiram cargos diretivos nesta Filarmónica.
são preponderantes, dos cinco elementos que a compõem quatro são músicos. Os objetivos eram regularizar
a situação financeira e encontrar uma solução diretiva, o segundo foi concretizado em Novembro de 2004
e o primeiro também o será no decorrer deste ano de 2012. Este período ficará para a história como o
tempo em que as mulheres pela primeira vez assumiram cargos diretivos nesta Filarmónica.
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