Tradições Pedroguenses
Arruada do 1º de dezembro
Todos os
anos quando o relógio da Torre dá as 12 badaladas que poem fim ao dia 30 de
novembro e dão as boas vindas ao dia 1 de dezembro a Filarmónica Aurora Pedroguense
inicia a arruada do 1º de Dezembro, interpretando o Hino da Restauração, esta
manifestação patriótica tem como objetivo relembrar a Restauração da Independia
Nacional ocorrida em 1640.
A origem de tal tradição nesta Vila perde-se
no tempo, mas tudo indica que terá tido a sua origem muito próxima da fundação
da Filarmónica, e talvez possa ter sido influenciada por manifestações
semelhantes ocorridas noutras localidades
Nos primeiros tempos esta arruada tinha início
no “cabeço” (pequena elevação situada entre a traseiras do antigo hospital e a
capela de Sta. Maria Madalena, também conhecido como “Monte Olivete” que até a
poucos anos atras também era um local de confraternização dos Pedroguenses),
segundo informação facultada pelo Sr. António Barata Duarte, que recordou este
facto de conversas do seu pai, que foi Musico durante bastantes anos (tendo
ingressado na Filarmónica muito próximo da sua fundação) e também foi Diretor e
Maestro desta coletividade em algumas ocasiões nas décadas de 1920 e 1930.
Depois esta arruada passou iniciar-se junto a
Escola Primária, habito que chegou ate aos nossos dias. Porque durante muitos
anos a Escola Primaria era o único edifício publico civil desta Vila e era la
também que a Junta tinha a sua sede, percebe-se o porquê desta arruada se
iniciar neste local. Esta tradição tem-se mantido inalterada a exceção de ou
outro ano em que as condições climatéricas não permitiram a realização da
arruada, mas nessas ocasiões o Hino da Restauração foi sempre tocada nem que
fosse dentro da sala de ensaio. Vem sendo hábito os Pedroguenses acompanharem a
Filarmónica nesta arruada, embora ultimamente em número muito reduzido.
Mais tarde a
Filarmónica também instituiu este dia, como a dia de pagamento, passando os
músicos receber neste dia a verba pelos serviços realizados no decorrer do ano.
Apesar dos
políticos que hoje governam este País se terem esquecido da importância de
certos acontecimentos, que foram determinantes para a independência Nacional,
esperemos que os Pedroguenses e a sua Filarmónica continuem a relembrar o feito
operado por aquele grupo de nobres Portugueses liderados por D. João Duque de
Bragança, naquele longínquo 1 de dezembro de 1640.